Engolir palavras, não digerir sentimentos: dificuldade de verbalizar emoções pode gerar problema na saúde emocional e física.
Transtornos alimentares estão diretamente ligados à saúde emocional. Seu desenvolvimento pode ser decorrência de diferentes fatores, mas o denominador comum é uma disfuncionalidade na relação com a alimentação, que se expressa de forma física, mas cuja origem está interligada a fatores psicológicos.
Dessa forma, a comida acaba se tornando um escape dos sentimentos ou, em casos de transtornos como a anorexia e o transtorno alimentar restritivo evitativo, uma punição. Em suas mais diferentes manifestações, por conta do preconceito social e das desinformações em torno do tema, os transtornos tendem a provocar sensação de culpa e isolamento, fortalecendo um ciclo de silêncio sobre o assunto, o que dificulta a busca por tratamento.
Ao silenciarmos sobre nossas emoções ou tentarmos abafá-las, acabamos nos afastando de nós e dos outros. Por mais que seja difícil lidar com determinados sentimentos, como a tristeza e a frustração, com traumas, é necessário que investiguemos as questões relacionadas à saúde emocional, e isso vale para todos. Afinal, todos temos questões que precisam ser cuidadas. Nossa evolução é um caminho constante e ninguém nasce pronto, ou melhor, talvez nunca estejamos. Há, porém, um processo contínuo de autoconhecimento e busca por paz interior e bem-estar.
A alimentação reflete nossos hábitos e pode indicar disfuncionalidades na nossa saúde emocional. Por isso, quanto mais acostumados estivermos em verbalizar nossos sentimentos, em colocar nossas necessidades, falar sobre nossas dores, apreciar nossas felicidades, mais leve costuma ser o processo. Se você está passando por situações de sofrimento emocional, busque ajuda, tanto das pessoas que te amam e estão lá por você, quanto de profissionais. O olhar para o tema precisa ser holístico: nutrição, saúde e física e emocional andam juntos!