Kardashian e o vestido de Marylin: o perigo de glorificar o sacrifício físico
Se você acompanhou o MET Gala, um dos eventos mais badalados do mundo da moda, realizado segunda-feira, em Nova York, teve ter se deparado com a imagem de Kim Kardashian portando o vestido que se tornou icônico no corpo de Marylin Monroe. O que se pretendia uma homenagem acabou se mostrando como mais um exemplo dos perigos da valorização de um único tipo de corpo - e os extremos aos quais as pessoas se submetem para se adequar aos padrões estéticos.
Perigos por trás da homenagem da Kardashian à Marylin
No tapete vermelho, a Kardashian disse que precisou perder mais de sete quilos para caber no vestido e, para isso, entrou em uma dieta restritiva, cortando vários alimentos e comendo grandes quantidades de tomate. Essa não é a primeira vez que ela ou suas irmãs - e várias celebridades - falam de dietas e perda de peso como alternativas tranquilas e rápidas. Pelo contrário: é comum que façam propagandas de produtos que prometem reduzir medidas, inclusive inibindo o apetite.
O lado invisível
Além disso, elas contam com equipes grandes de personal trainers, nutricionistas e profissionais do ramo da estética, coisa que a maioria das pessoas não tem. E aí reside uma questão crucial: elas fazem parecer ser fácil e saudável, quando não é. E, com seu poder midiático, acabam influenciando pessoas de várias idades, inclusive muitos jovens, a se arriscarem em hábitos como jejum, dietas restritivas e procedimentos cirúrgicos.
Reflexão sobre pressão estética
Kim precisava mesmo caber naquele vestido que havia sido feito para as medida de outra pessoa? Quantas vezes também não acreditamos que precisamos mudar, nos encaixar, não porque realmente queremos - mas porque nos fazem acreditar que este é o único modelo "correto".
Ainda que, infelizmente, discursos como o dela ainda sejam comuns, podemos perceber uma mudança gradual no comportamento e muitos veículos, inclusive de moda, criticaram suas falas, apontando os perigos desse tipo de conduta e como elas podem influenciar o desenvolvimento de problemas de autoimagem e transtornos alimentares.