Como a importância com a aparência se relaciona com os Transtornos Alimentares
Uma das tarefas mais difíceis (e importantes) que nós temos é a de nos conhecer. Na teoria, parece fácil, mas, esse processo tem se tornado cada vez mais difícil, por vários fatores. Vivemos em uma sociedade acelerada, hiperconectada, na qual vivemos duas realidades: a física e a virtual - às vezes, até passamos mais tempo no online.
E nessa cultura imagética, consumista, somos estimulados o tempo todo a reagir, a opinar, a decidir, sem, muitas vezes, pararmos para refletir se aquilo tem faz sentido para nós. Por que estou falando sobre isso?
O dilema da super importância da aparência na sociedade
Porque é nesse cenário que vemos um número crescente de casos de adoecimento emocional e físico, ao mesmo tempo em que, nas redes sociais, as pessoas são estimuladas a simular uma vida sempre perfeita, em um efeito bola de neve que causa cada vez mais pressão (e opressão) em quem pratica e quem lê.
Nesse contexto, milhões de pessoas passam a lidar com transtornos alimentares - a maioria jovens mulheres, as maiores vítimas das pressões sociais, comportamentais e estéticas. E, por mais que hoje se fale mais sobre o assunto, ele ainda é tratado como tabu.
Como as questões da aparência desenvolvem transtornos alimentares?
Transtornos alimentares precisam ser levados a sério, pois seus efeitos na vida das pessoas é real. Nos EUA, por exemplo, eles constituem a terceira doença crônica não transmissível mais prevalente entre os jovens, sendo a anorexia e a bulimia nervosa os problemas nutricionais mais comuns nessa faixa etária. Por isso, o tratamento de transtornos alimentares passa por uma mudança na mentalidade social, que precisa ser mais acolhedora e menos julgadora e punitiva.
Os cuidados com o paciente respeitam sua autonomia, ao mesmo tempo em que compreende que o processo não é fácil e vai além da comida em si. Nutrição e tratamentos psicológicos andam lado a lado nesse processo e precisamos respeitar a individualidade de cada um, fugindo da ideia de que "você é o que come". Somos muito mais do que isso.
A nutrição é gentil conosco!
Comida pode significar muitas coisas - afeto, inclusive. A gente precisa conversar sobre isso e me coloco aqui à disposição para iniciar essa escuta. Você tem alguma dúvida relacionada aos transtornos alimentares? Vamos ecoar nossas vozes?