Entenda como acontece o transtorno de ruminação

Quando aprendemos que cada pessoa tem um ritmo diferente e cada corpo aprende a se comportar de uma forma diferente, também precisamos entender que não existe regra quando o assunto é alimentação. O que é bom pra mim pode não ser bom para você. O que é normal para você pode não ser para outra pessoa. E assim, alguns transtornos acabam se "normalizando". Mas existe uma diferença muito grande entre peculiaridade e transtorno.

 O nosso corpo pode desenvolver algumas "manias" quando adotamos algumas práticas no nosso dia a dia, que passam longe de ser uma simples peculiaridade, como por exemplo a ruminação. O Transtorno de Ruminação é um distúrbio alimentar caracterizado pela regurgitação frequente da comida de forma involuntária. Também conhecido por Mericismo, é um transtorno pouco compreendido pelos especialistas e está relacionando com aspectos neurológicos e emocionais.

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Como acontece o Transtorno de Ruminação?

Diferente de casos com a bulimia, onde essa movimentação racional de colocar a comida "para fora" acontece, na ruminação o comportamento ocorre espontaneamente, por contrações involuntárias no abdômen. Diagnosticados com o transtorno alimentar da ruminação ingerem o alimento e retornam o alimento ingerido até a boca. Geralmente, as regurgitações ocorrem após todas as refeições, após mais ou menos uma hora, e não causam dor, incômodo, azia ou refluxos.

Esse transtorno pode acontecer em crianças e adolescentes, e também pode estar presente em pessoas que têm algum tipo de dificuldade mental, além de pessoas que vivem uma vida dentro de dietas restritas a muito tempo.

E o diagnóstico?

Geralmente, o diagnóstico para o Transtorno de Ruminação ocorre quando:

  • Distúrbios alimentares e digestivos em que ocorre a regurgitação são descartados;

  • A regurgitação acontece a mais de um mês repetidamente.

Para saber mais sobre como o transtorno pode ser diagnosticado, clique aqui

Assim como qualquer transtorno, a ruminação também precisa de um primeiro passo

Saber diferenciar peculiaridades de transtornos pode ter um início simples: você falaria sobre esse assunto abertamente? Se a resposta for não, talvez seja a hora de procurar alguém que sabe exatamente como te ajudar. Anote essa dica aí: o primeiro passo para transformar o seu hábito é querer transformá-lo.

Numa mesa de restaurante ou no almoço de domingo conseguimos notar uma coisa muito peculiar: cada pessoa come de um jeito diferente. Uns comem mais rápido, outros um pouco mais devagar, uns gostam de beber algo, outros não, uns comem mais, outros menos. E tudo bem!