Você já ouviu falar em Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo?

Todos nós gostamos e não gostamos de comer certas coisas. São gostos que adquirimos culturalmente, por pré-disposições biológicas ou por razões que a gente não entende muito bem. Mas sabemos bem o que gostamos, e também o que não gostamos, de levar à boca.

Mas há um nível de “não gostar” que pode nos prejudicar de maneira severa, que nos leva a abrir mão de uma série de alimentos importantes para nosso desenvolvimento e nossa saúde. Nesse caso, podemos estar diante do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE).

Como ocorre o TARE

Este tipo de evitação/restrição alimentar pode ser acionada por diversos fatores. Entre eles, a sensibilidade extrema a aparência do alimento, sua cor, odor, textura e temperatura.

O TARE não está relacionado à imagem corporal distorcida, como ocorre na anorexia nervosa, nem à preocupação com a imagem corporal, caso da bulimia nervosa.

TARE e a infância

O TARE costuma se desenvolver na infância, mas não deve ser confundido com a alimentação seletiva, que é natural no desenvolvimento das crianças (por exemplo, quando uma criança se recusa a comer alguns alimentos por cor, odor, formato, etc).

Ao contrário das crianças que têm algum tipo de alimentação seletiva, mas que apresentam apetite considerado normal, as crianças que podem estar desenvolvendo o TARE não comem o suficiente e tendem a não se desenvolver normalmente.

Tratamento para o TARE

O comer se associa a algo ruim, difícil, não prazeroso. E pode se aplicar de maneira generalizada a vários tipos de alimentos. Geralmente, acontece porque se perde o interesse em comer, ou porque existe a crença de que comer trará consequências prejudiciais.

A terapia cognitivo-comportamental é o caminho mais indicado para se tratar a TARE, que deve ser diagnosticada por um profissional adequado. Como os outros distúrbios alimentares, demanda atenção, conversa e sensibilidade, pois também pode estar associado à ansiedade e à depressão.