Culto ao corpo e transtornos alimentares em homens

Vivemos em uma sociedade machista e, historicamente, as pressões sobre o corpo da mulher sempre foram mais rígidas. Em nossa cultura, o próprio ato de cuidar da saúde ainda é negligenciado por muitos homens, como mostram pesquisas que apontam a menor presença desse grupo nos consultórios e hospitais.

No entanto, as últimas décadas temos observado algumas mudanças, tanto mercadológicas, com produtos voltados para os cuidados do público masculino, quanto fruto da luta e reflexões propostas pelas feministas, o movimento negro, LGBTQIA+, indígena, entre outros grupos, que propõem a quebra de padrões e a reformulação das estruturas sociais.

Nesse cenário, se falar sobre saúde ainda é tabu para muitos homens, tocar em temas como autoimagem e transtornos alimentares é ainda mais complicado.

Se os transtornos alimentares em mulheres é um assunto considerado tabu, imagine em homens? Acompanhe um pouco desta problemática nos próximos tópicos

Homens e Transtornos Alimentares

Ao mesmo tempo em que esse silêncio permanece, cresce a pressão para que se atinja um ideal de corpo - no caso dos homens, em geral, musculoso, evocando uma ideia de força. Para atingir esse padrão, que cria uma preocupação excessiva com a aparência, há quem recorra a dietas restritivas, a suplementação sem indicação e até intervenções como anabolizantes.

Como ocorre

Questões de autoimagem, a insegurança e a falta de espaço para que se torne possível a identificação de um possível TA, ou mesmo de problemas de ordem emocional, faz com que pessoas em estado de sofrimento e precisando de auxílio acabem sem os cuidados necessários - sejam eles profissionais, com acompanhamento de nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais da saúde, ou mesmo dos ciclos familiares e de amizade.

Conversando sobre os tabus

Ao contrário das imagens comumente veiculadas, homens também podem desenvolver anorexia, bulimia, compulsão alimentar e todos os outros tipos de transtornos alimentares. Já passou da hora de informar, acolher e criar espaços seguros para que cada um possa expressar suas questões relacionadas à alimentação, encontrando um caminho que garanta seu bem-estar físico e emocional.