Fiscais de comida: como lidar?

Hora do almoço. Self-service. E aquela olhadela no prato do amigo parece inevitável. “Por que ele colocou tanto purê?”, “Purê e macarrão: precisava disso tudo?”. As questões silenciosas são inúmeras.

Na hora da sobremesa, isso se repete: “Brigadeiro? Isso faz mal demais”. Bem, seja bem-vindo ao food shaming. Numa tradução literal, seria o “envergonhamento alimentar”. De forma clara, é tentar constranger alguém pela simples escolha do que vai comer.

Apesar de ser um comportamento nada saudável, aparece muitas vezes disfarçado de “dica de amiga”, numa mesa de restaurante. A turma do hiper saudável gosta de ser fiscal de comida alheia. Food shaming alert!

Por que fiscalizar a comida dos outros não é interessante?

Num bar ou em casa, a regra é clara: comida não é escola de samba. Não precisa de nota. Nem de gracinha. Nem de brincadeira. Toda comida representa algo para quem a escolhe - e isso cabe somente a ela. Ainda bem que todo mundo é diferente!

Durante as festas de fim de ano, por exemplo, sempre tem alguém para questionar “se precisava disso tudo de comida”. Ou vai dizer que engorda demais. Porém, existe um universo alimentar dentro de cada um. São gostos, particularidades e preferências diferentes. É preciso respeitar cada um deles. E eu sou do time que defende a escolha livre - e divertida - de tudo o que se vai comer.

Por aqui, o time é de quem defende a escolha livre - e divertida - de tudo o que se vai comer. Ainda bem!

Por uma vida com mais carinho na alimentação

Comida vai além das garfadas. Comida é sentimento puro. É afeto, é partilha, é união e muito amor. Por isso, não há mal em comer o seu prato predileto. Errado está em quem fiscaliza a comida alheia. Amar a alimentação é um das formas mais lindas de cuidar do seu corpo. Aproveite os momentos!