Como tornar o comer uma experiência positiva na infância?
Nem sempre alimentar uma criança é tarefa fácil. Alguns pequenos apresentam resistência para comer, seja por rejeitarem alguns alimentos específicos ou por não quererem ingeri-los nos horários determinados pelos tutores. No período de férias, então, isso pode ser ainda mais difícil, com o desejo constante por diversão e, também, por alimentos como doces, processados, entre outros.
É uma situação que se mostra desafiadora para os adultos, pois a resistência infantil pode gerar estresse e até ansiedade nos mais velhos, que sabem que precisam providenciar os nutrientes para que as crianças se desenvolvam física, emocional e intelectualmente, mas não querem forçá-las a comer.
Alimentação na infância
Ingerir comida à força, de fato, pode gerar problemas a curto, médio e longo prazo. Se comer se torna sinônimo de sofrimento, de obrigação, é possível que essa criança possa desenvolver uma relação conturbada com a alimentação.
Especialmente na infância, há uma receptividade para se conhecer coisas novas (sensações, gostos, emoções etc), afinal, tudo é uma descoberta, mas também pode existir uma resistência a experimentar o desconhecido.
Nesse sentido, é importante que os tutores tentem fazer da refeição um momento agradável, que se converse com os pequenos sobre os alimentos, sobre as várias possibilidades da comida, e que se estimule o descobrimento de novos sabores.
Experiências infantis com a alimentação: como tornar positiva?
É muito importante aprender o que a criança gosta, em um processo de acolhimento também da visão de mundo daquele ser que está desenvolvendo a própria personalidade.
É possível construir um ambiente receptivo para o comer, ouvir a criança, explicar a importância de consumir certos alimentos e desenvolver uma dinâmica na qual comer possa estar associada a sentimentos positivos. Crianças também aprendem por observação.
E mais: nada é imutável. Os gostos se transformam, então é necessário ter em mente o valor da flexibilidade e do entendimento, de saber que cada indivíduo é único. E um alerta: crianças também podem desenvolver transtornos alimentares e, por isso, os tutores devem ficar atentos ao comportamento delas e buscar ajuda profissional caso percebam a necessidade.